terça-feira, 28 de maio de 2013

Professora Glória Cavalcante Serra Borges (Postado por Tamara Santos)

Postado por Perspectiva Histórica das Idéias e Práticas Pedagógicas I às 17:25 0 comentários
  Professora Maria da Glória Cavalcante Serra Borges , 49, natural de Fortaleza , chegou ao Rio de Janeiro aos 26 anos para morar na casa de uma amiga , logo após a morte de sua avó que a criou juntamente com seu pai , como se fosse uma filha .

  Tia Glorinha como é chamada carinhosamente por seus alunos, assim como eu lembra do nome de todas as Instituições de Ensino que frequentou , são elas : Colégio Santa Maria Goretth, um colégio religioso que estudou do Jardim ao 6° ano , diferente de mim que cursei a Educação Infantil e o Ensino Fundamental I em Escolas distintas , do 7° ao 9 ano a entrevistada estudou no Colégio Lourenço Filho, sua trajetória no Ensino Médio foi similar à minha , pois fez Formação de Professores , no Colégio Capristrano de Abreu ,nesse último lembrou-se de um fato histórico que aconteceu na época o "Diretas Já", e o Ensino Superior  na Universidade do Norte Fluminense . Estudou em escolas particulares , diferentemente de mim que frequentei escolas públicas , mas o Ensino Superior ambas escolheram a Universidade Pública . 

  A Educadora Glória ingressou na escola aos 5 anos e concluiu o Ensino Médio aos 19 , dando um intervalo de 13 anos até cursar Pedagogia . Os seus familiares sempre a incentivaram a complementar sua formação acadêmica . Sua avó e pai  a auxiliavam em suas tarefas escolares e sustentavam a casa para que não houvesse necessidade de interromper seus estudos , o que me identifico devido o apoio financeiro familiar .

  De forma distinta à mim , a entrevistada parou de estudar com a conclusão do antigo 2° grau e começou a lecionar ainda em Fortaleza , porém com o falecimento de sua avó , veio para o Rio de Janeiro com o intuito de crescer profissionalmente . Chegando aqui viu-se obrigada a voltar a sala de aula , dessa vez como aluna novamente , uma vez que em sua cidade natal a formação de professores era de 3 anos , assim como aqui naquela época , entretanto , lá não era necessário fazer o adicional para atuar na Educação Infantil , já no Rio de Janeiro sim , dessa forma estudou no Instituto de Educação do Rio de Janeiro , para complementar sua formação . Seu Curso Normal foi bem diferente do meu , visto que o adicional teve fim e 4 anos era o tempo para a conclusão do Curso Técnico em Formação do Magistério . Esse foi atualizado e hoje são 3 anos , sem adicional , mas em tempo integral .

  Já casada , com uma filha e 34 anos , a professora ingressou na Universidade Estadual do Norte Fluminense . Cursou Pedagogia , tal como eu . Antes de sua entrada na faculdade , a mesma conta que estudou muito para alcançar seu objetivo de Cursar o Nível Superior em uma Universidade Publica , então deixava sua filha na escola e passava a tarde estudando e foi assim , com muita luta que realizou seu sonho .


  Hoje com 49 anos atua na Educação Infantil ,com uma turma de maternal I . Fazendo uma comparação com a mesma época escolar de sua vida , ela aponta um aspecto positivo em seu colégio : o espaço físico da escola era grande e assim ela e sua amigas brincavam com bambolê , bate begue e outras , conta ainda que em sua prática proporciona essas experiências à seus alunos , já apontando um aspecto negativo , a educadora infantil cita a rigidez , justificando que era um colégio de freiras .

  
  Questionada sobre um aspecto marcante em sua carreira , Maria da da Glória relata que trabalhou com crianças de área de risco da Comunidade da Rocinha e do Vidigal , na Casa Maternal Mello Mattos , o que a comovia eram as histórias de vida de cada aluno . Esses que resistem as normas estabelecidas pela a escola , tal comportamento é atribuído por ela ao papel familiar na vida da criança e complementa dizendo que em confronto com o passado os valores familiares não mudaram e sim a história , a visão sobre educação e ainda acrescenta um exemplo : as mulheres não saiam para trabalhar e hoje , consequentemente e de forma errada concederam à escola uma função que não é dela .

  A professora Glorinha , como gosta de ser chamada , partilha comigo um desejo de enriquecer seu currículo profissional ingressando ma pós-graduação em Psicopedagogia .   


                                        Festa Junina no Colégio Santa Maria Goretth/1969

Formatura do Jardim /1970 

Conclusão do Antigo 1 ° Grau /1980

                                  Alunos de sua turma de Maternal no Projeto " A Árvore da Montanha "/2010



sábado, 25 de maio de 2013

Professor: Romildo Maximiliano de Souza (Postado por Angélica Bauer)

Postado por Perspectiva Histórica das Idéias e Práticas Pedagógicas I às 06:45 0 comentários

       Romildo Maximiliano de Souza, morador de Duque de Caxias, nascido em 25 de novembro de 1967;foi jogador de futebol, preparador físico  e hoje atua como professor em escolas e na academia que tem juntamente com seu irmão.
   Iniciou os estudos bem cedo com mais ou menos 3 anos de idade, numa escola particular;diferindo-se de mim ,que só fui à escola aos 6 anos de idade.Terminou o Ensino Médio aos 18 anos,  numa escola pública e assim como eu nunca ficou reprovado, fato do qual ambos nos orgulhamos.Teve que ficar sem estudar  por um tempo, devido as dificuldades financeiras que tinha, fato que nos assemelha.Cursou universidade Particular: Universo, em Niterói.Realizava um verdadeiro tour  pelo Rio de Janeiro,pois morava em Caxias , trabalhava em Magé e  estudava à noite em Niterói. Ao passo, que eu somente estudo e moro relativamente perto da universidade pública que curso.
   Distinguindo-se de mim, tem outros membros da família que possuem graduação e sua família  sempre valorizou  os estudos, enquanto  minha família valoriza o trabalho. Assim como eu,  Romildo já era casado ao ingressar na universidade. E, apesar das muitas dificuldades  enfrentadas por ser jogador de futebol e ter muitos irmãos não abandonou o objetivo de prosseguir com os estudos.
  
   O entrevistado estudou no colégio Assis Chateaubriand e na Escola Estadual Barão de Mauá.Durante toda sua trajetória  teve a bola como um objeto de muito apreço, pois acredita que ela trouxe -lhe amigos e conhecimento, que inclusive acrescentou muito à sua prática em sala de aula.
      Percebe-se uma preferência do professor para trabalhar com alunos indisciplinados,porque este tipo de aluno  requer mais atenção . Também dá ênfase ao lúdico,que proporciona ao aluno  desenvolver várias habilidades  sem  perceber.
   O fato de ter sido jogador de futebol foi a grande influência para  se tornar professor. Ao contrário de mim,  que tive  como fator determinante para seguir esta carreira os exemplos de excelentes professoras de Língua Portuguesa, na escola particular em que estudei.
   Um outro aspecto destacado , do qual compartilhamos, é a existência de preconceito de professores para com professores.Por acreditarem que uma disciplina é mais importante que a outra.     Quanto à escola,  recorda que antes havia um comprometimento maior do que o de hoje e que a família tem encontrado sérias  dificuldades para ensinar limites às suas crianças, o que não ocorria  no seu tempo. Esses dois fatores, juntos talvez sejam responsáveis pela resistência dos alunos às  normas estabelecidas  pela escola.


Diploma da graduaçõa de Educação Física, conclusão  no ano de 2001.


Antiga escola em que terminou o Ensino Médio(1985)

Treino físico do Resende (2011).




sexta-feira, 24 de maio de 2013

Professor Francisco Assis de Lima (Postado por Gabrielle de Lima)

Postado por Perspectiva Histórica das Idéias e Práticas Pedagógicas I às 11:13 0 comentários
 Francisco Assis de Lima, nascido na cidade de Caratinga (MG) em dois de Julho de 1966, teve uma infância pobre, mas isso não fez com que ele desanimasse em relação aos estudos. Desde pequeno tinha de trabalhar, pois ele tinha muitos irmãos e sua família não tinha condições financeiras para alimentar a todos. Sua família veio para o Rio de Janeiro quando ele e seus irmãos ainda eram bem pequenos. Seus pais buscavam uma vida mais digna, migrando para uma cidade grande.
 Desde que veio para o Rio de Janeiro, Francisco teve muitas dificuldades para estudar, pois tinha que trabalhar. Ele marca como ponto positivo na sua trajetória escolar a convivência com outras crianças, a socialização. O trabalho influenciou muito na trajetória escolar dele, pois ele teve que parar de estudar para continuar ajudando seus pais em casa com o sustento.

  Ele se lembra de todos os colégios que já estudou cujos nomes são: Escola Estadual Bom Pastor, Escola Estadual Jardim Gláucia, Centro Educacional Líbano Brasileiro e Colégio Graham Bell e foi já casado e com filhos que conseguiu se formar professor, função que ocupa no estado e no Município do Rio de janeiro, ingressando em ambos cargos por meio de concurso público.

 Fez curso Técnico em Contabilidade e Eletrônica. 

 As influências de um curso pré-vestibular que fez no passado, fez com que ele escolhesse a carreira de magistério, hoje ele tem uma graduação em história e outra em Letras/ Inglês.

 Para ele os momentos mais marcantes de sua atuação foi quando ele pegou o Projeto Autonomia Carioca para trabalhar, segundo ele , foi um grande aprendizado. Ele atribui à resistência dos alunos as normas estabelecidas pela escola, à falta de disciplina em casa, pois   acha que a educação se aprende em casa e não na escola.

 Como a educação não era muito valorizada em sua família, Francisco foi o único de 9 irmãos que conseguiu estudar.

Quando era criança, o objeto que mais fazia sucesso na escola era o Bate Begue. 

 Seus autores favoritos são Paulo Freire, Moacir Gadotti, Augusto Cury, Ronaldo Vainfas, Jorge Ferreira, Mario Sérgio Cortella e alguns outros.


 Hoje, ele acha que os valores da escola mudaram, antigamente o professor era bastante valorizado e respeitado, hoje não são mais.  Para ele o professor é muito importante, pois contribui para a formação de uma sociedade melhor, mas é importante também que toda a sociedade tenha plena consciência disso e os governantes passem a dar o devido valor à educação para que o Brasil finalmente ocupe o lugar de destaque que ele merece.
 Eu não tive problemas ou interrupções na minha trajetória escolar, não tive de trabalhar para ajudar a minha família, e tive muito apoio na escolha do que eu quero. Como vivo em uma sociedade mais moderna, os objetos de moda dos colégios não são mais brinquedos manuais, e sim a tecnologia, na minha época de primário, as crianças levavam laptops para o colégio, e fazia bastante sucesso.
  Diferente dele, não estudei em quatro colégios, estudei em onze, respectivamente: Jardim Escola Batan, Pintando o Sete, Centro Educacional Tia Néia, Escola Municipal Corintho da Fonseca, Centro Educacional Jorge Alberto, Centro de Ensino Alice Santiago, Escola Municipal Gil Vicente, Colégio Marques Rodrigues, Colégio Realengo, Colégio Curso Francisco de Assis e Colégio Técnico Excelsior.  Meu autor favorito é o Nicholas Sparks e assim como ele, acho que os valores da escola mudaram, conforme os anos passam, eles mudam constantemente, o respeito já quase não existe mais, não só do aluno com o professor, mas de ambos. 

Bate Begue
Certificado Técnico em Contabilidade(1998)

 Diploma da Graduação de História(2004)
 Certificado de Pós Graduação em História do Brasil. (2004)

 Certificado do Curso de Extensão sobre a História da Baixada Fluminense (2005)
 Carga Horária do Curso Técnico em Eletrônica (1999)
 Diploma curso Técnico em Eletrônica (1999)

 Histórico do Ginásio (1983)
 Carteirinha da Biblioteca da Faculdade (2004)
 Carga Horária Técnico em Contabilidade (1992)
 Diploma Técnico em Contabilidade (1992)

 Certificado de conclusão do 1° Grau (1990)
 Formatura da Faculdade (2002)
 Formatura da Faculdade (2002)
 Formatura da Faculdade (2002)

 Formatura da Faculdade (2002)

 Formatura da Faculdade (2002)













quarta-feira, 22 de maio de 2013

CONCLUSÃO

Postado por Perspectiva Histórica das Idéias e Práticas Pedagógicas I às 16:33 0 comentários


     Com  a finalização deste blog, foi possível fazermos várias considerações  que acrescentarão não só à  nossa vida profissional, mas também  na vida pessoal. A memória não está exposta na face das pessoas ou refletidas em suas conquistas, mas sim em suas narrativas. Mesmo ouvindo a mesma história várias vezes é sempre possível aprender algo novo. Havendo assim um paradoxo entre a história oficial e a história individual da condição humana.
    Muitas vezes, a pessoa que passa por dificuldades e aprende a dar mais importância ao que faz.  E,  os problemas ao invés de intimidar a pessoa, faz com que ela tenha mais vontade de seguir em frente .
    O que faz cair por terra a história de que gente humilde  está fadada a não progredir na vida. Muitos de nossos entrevistados comprovam com suas histórias  de superação, que não precisamos viver conformados com história única que a sociedade tem montada pra nós.
    Em muitos momentos, nossas histórias se aproximaram das histórias de nossos entrevistados,  algumas delas nos  mostram que nossas dificuldades  não são só nossas e  que  muitos foram capazes de superar o que acaba por nos incentivar a não desistir.
     Um outro aspecto muito interessante é que a importância  dada ao estudo, antigamente   era muito diferente de hoje.E, a   memória  escolar se mostrou  algo  muito importante  para essas pessoas.A família também se mostrou como fator  determinante em relação à facilidade do acesso aos estudos e seu prosseguimento ou não.

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."
  

 

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