Ana Claudia Duarte Lima, nascida no Rio de Janeiro (RJ)
em 28 de março de 1967; iniciou-se no processo escolar aos dois anos no Jardim
Escola Tia Lurdinha (particular), e cursou o seu 2º grau na Escola Normal
Carmela Dutra, dissemelhante a mim que entrei na escola aos 4 anos e fiz apenas
o ensino médio.
Diferente de mim que estudei em apenas três escolas
diferentes e todas particulares, a entrevistada estudou em cinco, são elas:
Jardim Escola Tia Lurdinha (alfabetização), Escola Quintino Bocaiúva (1ª a 5ª
série), Colégio João Lyra Filho (6ª a 7ª série), Escola Municipal Rose Klabim
(8ª série) e Escola Normal Carmela Dutra (2º grau), sendo apenas a primeira
particular. E teve como objetos marcantes dessa época seus emblemas, gravatas e
estrelas de normalista.
Representação dos objetos marcantes |
Embora a educação fosse algo valorizado em sua família, diferenciando-se
de mim que nunca passei por nenhum tipo de dificuldades, Ana Claudia teve
algumas dificuldades, como a época em que seu pai ficou desempregado e ela
estava cursando a 5ªsérie e necessitou do auxílio da caixa escolar e de doações de uniformes e materiais escolar durante
dois anos. Depois disso, teve problemas com as greves no curso de pedagogia,
que levaram-na a se formar apenas com 24 anos. Porém nada disso a desanimou,
pelo contrário, ela afirma que seu processo escolar, mesmo que com alguns
empecilhos, foi essencial para sua transformação e seu crescimento como
profissional. Só o que a aborrece são os descasos para com os profissionais da
área. Ela declara ainda que em sua opinião, os valores da escola mudaram a
partir da transformação de valores de toda a sociedade e que a resistência dos
alunos às normas estabelecidas pela escola está, em sua maioria das vezes,
atribuída a referência dos pais e a falta de limites e regras que deveriam
impor.
Hoje formada em Pedagogia na Faculdades Integradas
Simonsen, pós-graduada em Educação: novos paradigmas, na faculdade Pitágoras,
desenvolve o trabalho de supervisora operacional na educação infantil de um
colégio particular da Zona Norte, onde teve seu ingresso a partir de uma
seleção de currículos, e recorda que sua maior influência foi o contato com a
sua tia que sempre atuou na área da educação. Ela lembra também que, ao longo
da sua vida, ela pôde parar para refletir que a escola é o principal espaço de
educação e socialização do ser humano, é onde ele tem a oportunidade de desenvolver-se
em sua integridade, e essa reflexão foi mais uma motivação para seguir sua
carreira.
diploma de graduação |
Ela diz que seu maior desejo é deixar um legado de
atuação social, promotora de autonomia. E conta de alguns teóricos que foram
marcantes para ela, como: Piaget, Vygotsky, Paulo Freire, que contribuíram para
sua prática pedagógica. Acredita que todos os conteúdos adquiridos ao longo da
vida escolar, serviram como base para que pudesse contribuir para uma melhoria
no campo educacional, e cita um conhecimento que adquiriu durante suas leituras que considera importante, que são as teorias que permitem a construção do conhecimento pelo
aprendiz em um ambiente em que o professor atua como mediador e organizador das
situações de aprendizagem (Piaget 1973)
Formatura da classe de alfabetização (1973) |
Foto de turma da entrevistada |
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